sábado, março 31
Programa de Retratos
O programa de performance. Nem todo mundo que foi ver recebeu porque eu só consegui imprimir bem poucos, mas quem ficou até o final do bate-papo pôde levar um pouco mais da performance pra casa. Concebi o programa para que ele fosse não só um suvenir, mas para ser uma extensão do mesmo, um complemento. Clique para ver ampliado.
"A performance de Ramilla", matéria e entrevista no Diário de Natal
Além da entrevista para a Revista Catorze, rolou mais uma antes da apresentação de "Retratos" na Casa da Ribeira. O Sérgio Vilar, do Diário de Natal fez uma entrevista longa comigo, por e-mail, que acabou resultando numa página inteira do caderno de cultura do Diário. Apesar de todas as contradições que existem nessa ideia de imprensa e mercado de arte, as entrevistas foram bem importantes para dar mais visibilidade ao trabalho, um objetivo que eu tinha desde o começo da preparação para esta apresentação. Além disso, ambas, tanto a da Catorze quanto a do Diário me deram um espaço considerável para falar sobre o trabalho, colocar minha ideias em exposição.
Para ver a entrevista, clique em mais informações, logo abaixo. E para lê-la, recomendo salvar a imagem no computador. Está em alta resolução.
Para ver a entrevista, clique em mais informações, logo abaixo. E para lê-la, recomendo salvar a imagem no computador. Está em alta resolução.
segunda-feira, março 26
"Arte como confissão", entrevista para a Revista Catorze
Antes da apresentação na Casa da Ribeira (sobre a qual eu falarei nos posts a seguir), eu dei essa entrevista para o Beto Leite, da Revista Catorze. Gostei muito do formato que ele propôs e, sobretudo, do espaço aberto para que eu possa falar, efetivamente sobre o trabalho. Tenho meu pé atrás com jornalismo cultural, sobretudo em Natal. Apesar disso, uns dias depois eu também dei umas entrevista para o Diário de Natal, no mesmo formato e também com perguntas que me permitiam falar sobre o trabalho artístico sem interpretações superficiais de jornalista. Coisas bacanas acontecendo em função dessa apresentação.
ARTE COMO CONFISSÃO, ENTREVISTA COM RAMILLA SOUZA
É comum ver os coleguinhas do curso de jornalismo ir fazer outra coisa da vida. Seja em busca de salários melhores do que a miséria paga nas redações, ou na busca de outras válvulas de escape para anseios que as fronteiras do ofício noticioso não comportam. A Ramilla Souza é um exemplo disso. Aprovada no edital Cena Aberta, vai apresentar a performance “Retratos: escolha de uma memória de infância” no próximo domingo, 25, às 20h, na Casa da Ribeira. O trabalho é fruto de pesquisa em desenvolvimento iniciada há cerca de dois anos sobre memória, intimidade e confissão.
Como eu sei que ela sabe dar boas respostas, fiz essa entrevista. Se divirta leitor.
terça-feira, março 6
Diários
Desde a apresentação de "Retratos" no Circuito Bode Arte, em julho do ano passado, não havia retomado ainda um processo de criação em performance. Para a apresentação na Casa da Ribeira, no próximo dia 25, estou realizando uma série de oficinas com Yuri Kotke. Para cada uma delas, um relato no diário de processo. Publico aqui alguns trechos já seguindo uma ideia ainda em germinação de arte como confissão, exposição. Tenho pensado sobre o que é possível mostrar ao público, quando tudo que se tem a falar é sobre si mesma.
"Muitas coisas ficaram nebulosas na minha cabeça. A performance existe porque isso é como um resgate. Penso na ideia de dar voz a algo que já foi. E também de voltar para mim, de certa forma. Acho que a questão está em fazer falar algo que pulsava. E que queria falar. Voltar o olhar para um corpo que cresceu, mas que é o mesmo corpo de antes"
"Me perguntei que limite estava cruzando. Penso que isso está em mim, esse limite. É só algo em mim que eu preciso olhar. Então, eu só estou convidando pessoas a fazer isso junto comigo. Eu não sei se essa é a experiência delas ou se esse trabalho diz algo sobre elas. Mas, é algo que eu gostaria de compartilhar"
"É como uma necessidade de cuidar de mim novamente"
"Olhar para a foto me remete a muita coisa. É difícil explicar o que. Também há algo que eu vou internalizando pouco a pouco. Mas, tudo ali tem sua marca. O cabelo, a posição das mãos, o olhar (que me parece tão sem medo), a boca entreaberta (de quem não tem nada a dizer porque não há nada a ser dito), toda a posição do corpo que me diz hoje: eu não sei nada e tudo parece bem; eu estou em mim mesma e posso tocar qualquer coisa"
"O movimento de cuidar de mim mesma passa naturalmente pelo toque. Segui a linha da minha coluna e pensei que eu nunca tinha feito isso. Um envolvimento de si mesma. Ou conhecer a si mesma"
"Eu vi que não era mais eu. A pessoa da foto está tão distante de mim e eu fiquei pensando que esse trabalho é só uma tentativa de retornar a quem eu era. Todo o leitmotiv está se modificando com o tempo. O que eu achava que era não vale mais. E eu vou achando outras coisas. É tudo tão nebuloso ainda. E eu estou encontrando algo"
"Quando fechei os olhos, imaginei essa casa que eu não lembro qual era. E me imaginei naquele corpo. E pensei que eu fui uma criança amada (as memórias só vêem o que querem). Andando pelo corredor sem medo, devagar. Com minhas pernas e braços pequenos"
"Muitas coisas ficaram nebulosas na minha cabeça. A performance existe porque isso é como um resgate. Penso na ideia de dar voz a algo que já foi. E também de voltar para mim, de certa forma. Acho que a questão está em fazer falar algo que pulsava. E que queria falar. Voltar o olhar para um corpo que cresceu, mas que é o mesmo corpo de antes"
"Me perguntei que limite estava cruzando. Penso que isso está em mim, esse limite. É só algo em mim que eu preciso olhar. Então, eu só estou convidando pessoas a fazer isso junto comigo. Eu não sei se essa é a experiência delas ou se esse trabalho diz algo sobre elas. Mas, é algo que eu gostaria de compartilhar"
"É como uma necessidade de cuidar de mim novamente"
"Olhar para a foto me remete a muita coisa. É difícil explicar o que. Também há algo que eu vou internalizando pouco a pouco. Mas, tudo ali tem sua marca. O cabelo, a posição das mãos, o olhar (que me parece tão sem medo), a boca entreaberta (de quem não tem nada a dizer porque não há nada a ser dito), toda a posição do corpo que me diz hoje: eu não sei nada e tudo parece bem; eu estou em mim mesma e posso tocar qualquer coisa"
"O movimento de cuidar de mim mesma passa naturalmente pelo toque. Segui a linha da minha coluna e pensei que eu nunca tinha feito isso. Um envolvimento de si mesma. Ou conhecer a si mesma"
"Eu vi que não era mais eu. A pessoa da foto está tão distante de mim e eu fiquei pensando que esse trabalho é só uma tentativa de retornar a quem eu era. Todo o leitmotiv está se modificando com o tempo. O que eu achava que era não vale mais. E eu vou achando outras coisas. É tudo tão nebuloso ainda. E eu estou encontrando algo"
"Quando fechei os olhos, imaginei essa casa que eu não lembro qual era. E me imaginei naquele corpo. E pensei que eu fui uma criança amada (as memórias só vêem o que querem). Andando pelo corredor sem medo, devagar. Com minhas pernas e braços pequenos"
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